quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Estupros e violência em Barão Geraldo - Parte 2

Eu sei que este blog anda meio abandonado, mas é que estou me sentindo com a corda no pescoço. Em setembro o GEPEM - Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Musical da UNESP, do qual faço parte, organizou a III Semana de Educação Musical do Instituto de Artes da UNESP. O evento foi muito, muito, muito bom e prometo um post só sobre ele. Porém, deu MUITO trabalho para organizá-lo e consumiu bastante tempo de todas as pessoas que estavam envolvidas na organização. Por causa disto, minha dissertação foi completamente abandonada e agora estou correndo atrás do prejuízo... E o blog ficou entregue às traças e às moscas.
Enfim, um dos últimos posts escrevi foi sobre a passeata contra a onda de estupros em Barão Geraldo. Como havia dito, eu, o Rafa e mais alguns amigos participamos e foi muito legal. Junto a esta marcha se juntou a Marcha das Vadias e o resultado foi um mar de gente no meio da rua protestando contra a violência. Andamos por todo o centro de Barão Geraldo, o que causou congestionamento nas ruas. Porém, as pessoas que estavam dentro dos carros e dos ônibus, buzinavam, colocavam a cabeça para fora, acenavam, todas apoiando a manifestação.
Eu sei que não é isto que resolverá o problema, mas atitudes como esta demonstram que a população está atenta e insatisfeita com as condições de segurança nesta parte da cidade (e no Brasil todo).
Depois deste movimento, a polícia acabou prendendo dois estupradores que agiam aqui na região. Isto não acabou com o problema, mas mostrou que um pouco de organização e de manifestação podem estimular investigadores e policiais a correrem atrás do prejuízo e darem mais atenção a este tipo de crime. Depois desta passeata, passamos ver mais viaturas nas ruas.
Além do mais, Barão Geraldo, apesar de ser um distrito bem universitário, tem fama de ser um local onde mora gente rica (eu não sei onde eles estão). E este povo não quer ver seu nome e imóveis associados a uma região com estigma de violenta e de"estupro".
Espero que o policiamento continue e que o índice deste tipo de crime caia. No mais, é sempre andar acompanhada, não sair a noite e prestar sempre atenção nos lugares por onde se anda. Não é legal, não é o ideal, mas é o que se deve fazer no momento.
Hoje li o texto "Ninguém quer ser estuprada", escrito pela minha amiga Geórgia, que trata sobre este tipo de violência e como a mulher é sempre colocada como a culpada em casos de estupro. Vale a pena ler e refletir. O texto está aqui.
Abaixo estão algumas fotos.


Óia eu aí!


Óia o Rafa aqui!



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